PELA CONSTITUIÇÃO DA DEMOCRACIA PORTUGUESA

 Ao longo dos tempos, o povo português tem vindo a percorrer um caminho estranho e perturbante, repleto de atrocidades às suas liberdades de decisão, cometidas por decisores usurpadores do direito do cidadão ao poder individual de participação e de decisão persuasores do “direito” do Povo a marchar em sintonia com um estado de corrupção sistémica e de assédio cognitivo social e político.

Nos últimos 45 anos, o que começou com a aprovação de uma constituição refractária e de sucessivas leis e regulamentos de reforço, camuflagem e blindagem do desejo de perpetuação pérfida das suas imperativas elegibilidades oligárquicas partidárias - grotescas intermediárias da "ralé" do cidadão comum - o modelo de regime recentemente rejeitado pelos cidadãos, na votação da sua assembleia legislativa/governativa, foi tendo o efeito de um gigantesco circo de vaidades eleitoralistas, representativas da crescente erradicação de todas as garantias democráticas vitais, contra quem do Povo não aceitasse ser representado por um modelo de regime de manipulação e de usurpação do direito democrático do cidadão comum ao exercício da sua plena cidadania, privando-o de participar em quaisquer decisões sobre tudo quanto lhe dissesse respeito. Um ardiloso sistema de regime moldado à instauração de governos corruptos, ávidos do endividamento da população e do abuso de poder sobre o cidadão comum, economicamente asfixiado e socialmente traumatizado, levando-o a um estado permanente de submissão a normas de opressão intelectual, de escassez e empobrecimento, individual e colectivo.

Para a conclusão da deposição efectiva do regime oligárquico da aristocracia partidocrática da corrupção organizada, de forma pacífica, e constituída uma verdadeira democracia, livre e directa, dos cidadãos para os cidadãos, deveram os cidadãos ter a sensatez de rejeitar qualquer hipótese de tomada de posse à deposta assembleia legislativa/governativa (que esteve na origem do actual regime oligárquico partidocrático) retirando-lhe qualquer legitimidade de continuidade regimental e política, a nível nacional e internacional. Esse é o primeiro passo para que os cidadãos possam, posteriormente, dar início ao processo de verdadeira democratização do país, através do agendamento da apresentação, difusão, debate e votação nacional de propostas, pelo método de avaliação e pontuação, por cada ponto das propostas apresentadas, que darão forma aos princípios fundamentais da futura Constituição da Democracia Portuguesa.

Todos os que aspiramos, verdadeiramente, por um Estado transparente e democrático, que respeite e confira ao cidadão o pleno direito de participar directa e individualmente na proposta e tomada de decisões públicas, que dignifique e garanta uma digna subsistência e qualidade de vida de todo o cidadão de pleno direito, não fiquemos na expectativa,participa activamente, pois só com a participação de todos poderemos traçar e alcançar um conceito de vida e de sociedade civilizada.

Não esperes para ver acontecer, faz acontecer.

O POVO É SOBERANO, DETÉM A ÚLTIMA PALAVRA